quarta-feira, 28 de novembro de 2012

LEMBRANDO AS PALAVRAS DE WAKATEL UTIUW: A MUDANÇA DE CICLO NÃO É O FIM DO MUNDO


Diante das distorções expressadas desde há algum tempo, através de diferentes meios de comunicação, o Conselho Nacional de Anciões e Guias Espirituais Maias de Guatemala, rememora e esclarece ao mundo inteiro que estamos apenas finalizando um período do Sol, ao qual denominamos Oxlajuj B’aqtun. Cada B’aqtun tem 400 anos, que multiplicados por treze, somam o total de 5200 anos, um período Solar que tem acontecido outras vezes, desde que os antepassados Maias começaram a controlar e contar o tempo. Desta vez acontecerá no próximo dia 21 de dezembro, quando encerrará mais um B’aqtun, que fechará um ciclo de tempo.

Este é o final do Quinto Período Solar ou Quinto Sol, com a esperança de receber o Sexto Período Solar ou Sexto Sol, um novo amanhecer que anunciam os astrônomos Maias ou Senhores do Tempo e autoridades na vida espiritual e material; o mesmo transmitido pelos ancestrais há milhares de anos, de geração em geração. Por este motivo, o Conselho Nacional de Anciões estende o convite a todas as culturas, religiões e práticas espirituais de homens, mulheres, jovens e crianças, como bons filhos do Sol, filhos do tempo, para que nos juntemos em uma meditação global, desde nossas próprias formas de conexão com o Criador e Formador, em nossas cidades, comunidades, organizações e famílias, para alcançar a Paz e um caminho de Consciência, e assim melhorar nossas ações e evitar conseqüências lamentáveis de uma autodestruição que a ação humana tem provocado desde há um tempo.

Devemos gerar uma mudança mental para sentir, aprender e entender que todos os seres que habitam a Mãe Terra são irmãos: humanos, animais, plantas e todo e qualquer ser que ocupe o tempo e o espaço. Coabitamos sobre a Mãe Terra, porque sobre ela nascemos, de seus recursos sobrevivemos e quando descansamos, em seu ventre vamos dormir o sono eterno, uma vez que nossas energias seguem o curso da existência.

O tempo sagrado do qual somos testemunhas, irmãos e irmãs, é propício para pedir para que não nos faltem os alimentos. Pedimos que nossas sementes ancestrais sejam resguardadas e semeadas para as novas gerações; mas também exigimos a livre determinação e respeito aos territórios dos povos indígenas, fundamentais para garantir a segurança e soberania alimentares.

Exigimos que se reconheça o aporte econômico necessário que os povos indígenas solicitam aos Estados, desde diferentes setores de trabalho e produção. Também pedimos inclusão para que nossas idéias e vozes sejam refletidas na elaboração e execução de políticas públicas, porque de outra maneira não lograremos avançar e melhorar as condições de vida da população, especialmente a situação dos povos indígenas e outros setores vulneráveis diante das drásticas mudanças tecnológicas, climáticas, econômicas e políticas, que tem ocorrido no século presente. É o momento para enfatizar que devemos ir atrás de um projeto nacional, onde todos possamos participar e possibilitar a construção de um pais melhor.


Porque todos somos filhos de um único Criador e Formador. Chega de ofensas entre humanos e de humanos contra a Mãe Natureza.

Nossa Missão como Ajq’ijab’ ou Guias Espirituais Maias e como mensageiros de paz, esperança e unidade, nos convoca e nos motiva a estender um cordial convite às diferentes expressões religiosas e de espiritualidade ancestral para agradecer pela vida e para dar boas vindas ao Sexto Período Solar ou Sexto Sol, de acordo com os registros e a conta longa de tempo que nos legaram os antepassados Maias, e que começamos desde agora a honrar com a celebração do Wayeb’ e recebimento do ano novo Maia Oxlajuj No’j, enquanto se aproxima mais o final do Oxlajuj B’aktun, que traz consigo um novo amanhecer para que os povos acordem e tenham paz, muita paz e um bom viver, para todos, à partir do resgate, prática e difusão dos saberes e sabedorias ancestrais.

Iximulew/Guatemala, Fevereiro de 2012

Wakatel Utiuw / Cirilo Pérez Oxlaj

Ancião Maior do Conselho de Anciões e Guias Espirituais Maias da Guatemala

domingo, 25 de novembro de 2012

POPOL VUJ – HISTÓRIA DO POVO K’ICHE’


“Esta é a origem da antiga história deste lugar chamado K’iche’. Aqui escreveremos, estabeleceremos a antiga palavra : a origem, o começo de todo o acontecido ao povo K’iche’, à nação da gente K’iche’.”
(Popol Vuh, tradução de Sam Colop)
Diz-se que a expressão K’iche’ pode ser traduzida como: “Muitas (K’i) e “Árvores” (Che’). É o nome dado à região e às pessoas que fizeram parte da tradição expressa no Popol Vuh. Entretanto, mais adiante, faz-se evidente que o texto narra a origem comum da humanidade.
Tudo nasce do UK’U’UX, da Essência, do Ser ou Espírito do Céu e da Terra. Esta é a origem da “Antiga Palavra”, a energia de Vida plena em Inteligência, que dá origem e forma a tudo o que existe.
Daí surgem todas essas “árvores”, que somos você e eu, cada entidade humana. Não esqueçamos então, que a árvore é o símbolo ancestral que nos lembra de nossa natureza central: Somos pontes entre o Céu, a Terra e o Inframundo. Somos potencialmente o “Eixo do Mundo”

sábado, 17 de novembro de 2012

Convite: Cerimônia do Fogo Sagrado, 24/11



A cerimônia do fogo sagrado é um cerimônia tradicional realizada no mundo maia. Durante a cerimonia honramos e nos conectamos com todas as energias do calendário sagrado (o Choq'ij, usado para o desenvolvimento humano). É um momento de agradecimento, oferendas (você pode trazer suas ervas/ resinas/ incensos ou comprar com a gente no valor de R$ 5,00) e pedidos.

Esse evento é promovido pela Associação Kabawil Brasil.
É necessário que exista uma troca em moeda para participar do evento, o valor cada um escolhe a partir do seu coração e identificação com a Associação.

Traga algo para compartilhar no lanche pós cerimônia!

Maltyox (gratidão em maia quiché)!

focalizadora: Sandra Rodrigues
24/11 (sábado), 18hrs
Rua Silvia, 173
tel: 3288-5305

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

COLAPSO DA CIVILIZAÇÃO MAIA É VINCULADA A LONGA SECA


O colapso da civilização Maia foi conseqüência de uma longa seca, segundo um estudo internacional publicado na última quinta-feira nos Estados Unidos, confirmando uma hipótese até este momento controvertida.

POR: PRENSA LIBRE.COM - ESTADOS UNIDOS 

WASHINGTON – “A ascensão e a queda dos Maias é o exemplo perfeito de uma civilização sofisticada incapaz de adaptar-se às mudanças climáticas”, disse James Baldini, da Universidade de Durham na Grã Bretanha, um dos principais coautores do estudo publicado na revista Science, datada de 8 de novembro.
“Períodos excepcionais de chuvas (de 450 a 660dC) aumentaram a produtividade dos sistemas agrícolas Maias, causando uma explosão demográfica e uma supra exploração dos recursos”, disse o pesquisador.
O clima tornou-se cada vez mais seco, provocando um esgotamento dos recursos, desestabilização do sistema político e guerras, explicou Baldini.
E, “depois de anos de carência, a seca que durou quase um século, desde 1020 até 1100, definitivamente selou-se o destino da civilização Maia”, disse ele.
Estes pesquisadores conseguiram reconstruir os períodos de chuva e seca no transcurso dos últimos 2 mil anos na região onde viviam os Maias, entre México, Belize, Guatemala e Honduras.
Para isto, analisaram a composição química de estalagmites da caverna de Yok Balum em Belize, situada a 1,5km do sitio Maia, perto de Uxbenká e próxima a outros grandes centros Maias, impactados pelo mesmo sistema climático.
Os estalagmites formam-se no chão das cavernas pela queda contínua da água calcárea, o que permite medir as precipitações ao longo do tempo.
Como os Maias registravam meticulosamente os sucessos políticos em gravações feitas em monumentos de pedra, os autores deste estudo puderam comparar a reconstrução da história do clima na região e as mudanças na freqüência dos conflitos e outros eventos importantes.
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“Nesta notícia há de destacar algo: A CIVILIZAÇÃO DO CHAMADO PERÍODO CLÁSSICO COLAPSOU, MAS OS MAIAS CONTINUARAM SEU PROCESSO HISTÓRICO até nossos dias.
Por outro lado, muitos pensam absurdos insustentáveis como que os Maias partiram na estrela Sirius ou saltaram a dimensões sutis.
Desde que sou criança, os via pelas ruas da Guatemala, assim, que isto sempre me pareceu uma bobagem solene.
Espero que esta constatação dissipe essas fantasias e nos coloque com os pés na terra.
OS MAIAS SEGUEM VIVOS E APRENDERAM O QUE É NOSSA VEZ DE APRENDER: A NATUREZA ESTÁ ACIMA DE QUALQUER CIVILIZAÇÃO COMPLEXA … por mais bela e fascinante que possa ser.” - 


texto de Juan Carlos Romera Sales
Tradução de Leslie Almeida

sábado, 10 de novembro de 2012

Líderes maias explicam a confusão sobre a mudança de ciclo


Maias líderes da América Latina viajaram para Los Angeles, Califórnia, para explicar a confusão sobre o próximo ciclo da mudança de calendário pré-colombiano e abençoar o imigrante de comunidade que vive neste país.

POR Agência EFE Califórnia Estados Unidos - "de acordo com a conta de maya este ano há uma mudança de ciclo, este ciclo começou faz 5 mil anos 125, já há muito tempo, e os maias chamavam baktuns", disse Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano.

Trejo disse embora este ano marca o 13 baktuns que aparecem em muitos maias contas não sendo ao fim do mundo, como muitas pessoas anteciparam.

"Há não se assuste pensando que este ano haverá uma destruição do planeta, porque o que vai acontecer é simplesmente uma mudança é claro na criação que termina em dezembro para começar um novo período ou baktun novo", disse ele.

A fim de clarificar as interpretações apocalípticas de calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote de Maya e outros representantes maias baseados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras veio este fim de semana a la Placita Olvera e o Centro Cultural Eek Mayab.

Além de falar sobre o calendário maia, Xicum e outros líderes da etnia zapoteca fez um ritual de bênção em língua maia comunidade de imigrantes dos Estados Unidos no centro histórico.

"É uma confusão que resultaram em alguns meios de comunicação e algumas pessoas que se aproveitam de um povo pouco crédulos sobre o que realmente é a cosmovisão Maia," disse Xicum.

"A cosmovisão Maia é a União entre natureza e Deus, é a União entre corpos celestes com a mãe terra," definido o sacerdote,

O calendário maia é um cálculo circular, disseminado na região da Mesoamérica, que, de acordo com o Anuário gregoriano do atual sistema ocidental, a contagem no calendário maia começou em 13 de agosto de 114 3 mil AC.

"O tempo de contagem dos maias não era linear, mas era circular, então, o calendário é circular, porque os ciclos começam em um ponto e retornam para terminar lá, para começar um novo período," disse Trejo, que está trabalhando com a Secretaria de turismo do México para falar sobre o mundo Maia.

Trejo explicou que um baktun Maia 394 anos aproximadamente, para multiplicá-lo por 13 baktuns, que é o ciclo completo, o resultado é 5 mil 125 anos, que no calendário mesoamericano escrito que culminará em 21 de dezembro de 2012. (Traduzido por Bing)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Terremoto na Guatemala

por Juan Carlos Romera Sales

Orações para todos aqueles que sofreram as consequências do sismo. Mais uma vez o sofrimento vem a esta terra abençoada. Desta vez através de um evento que está deslizando fora de controle.

Mas algo deve ser claro, esta é parte de um processo que está a chegar... mas na mentalidade materialista que nos intoxica dificilmente pode ser discernido.

O planeta que chamamos de Vênus, mas os maias quichés ' chamado
Iq'oq'ij (como é mencionado no sagrado Popol Wuj) leva 224,7 dias em pé no sol. Arredondamento acima podemos ter o número de Maia muito importante 225.

No último dia 8 B'atz ' do Cholq'ij ou "Calendário sagrado" foi na terça-feira, 27 de março. Para quem não sabe, este é o dia que o maias da Guatemala comemoram o início de um novo ciclo de Cholq'ij.

Bem, se você tem 225 dias após a última 8 B'atz ' que encontramos dia 12 Ajmaq. Ou seja, ontem. Dia quarta-feira, 07 de novembro. Neste dia um terremoto de 7,5 graus que afetou Guatemala, berço do calendário abençoado.

Mas também isso aconteceu 44 dias antes do final do 13 Baktun na Ajpu 4' 21 de dezembro deste ano. 45 é a quinta parte de 225. Esta é uma aproximação muito perto de ser hostil, especialmente se vemos que a 22 de Dezembro 5 imox... é intimamente relacionado com o dia da terra.

Que cada um que medite e descobrir o significado deste sinal iminente. Hoje também é 13 N'oj... os maias
yucatecos chamam Caban ou terra. É para o Astecas Ollin, terremoto.O que cerca toda essa verdade? Suspeito? Coincidência?

A importância de 225 é que é o perfeito numero aproximado do ciclo anual de Vênus - iq'oqij, como disse antes. Mas é exatamente 225 dias 8320 ciclos em um 1872000 dias Oxlajuj Baktun ciclo.

Queremos mais sinais de transição? Despertaremos para a arte de honrar o pai criador e a mãe formadora e aprederemos? Está em nossas mãos. (Traduzido por Bing)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Embaixadores maias rejeitam as profecias de fim do mundo


Embajadores mayas rechazan en Biarritz profecías del fin del mundo

A menos de dos meses del viernes 21 de diciembre, que según el calendario solar maya marca el fin de una era, dos “guías espirituales” mayas rechazaron el miércoles las profecías que anuncian el fin del mundo, antes de celebrar “una ceremonia sagrada” en la playa de Biarritz, en el sur de Francia.

POR AGENCIA AFP Francia 

BIARRITZ.- Este rico balneario vascofrancés, que acoge desde hace 21 años el Festival de Biarritz, ha visto pasar de todo: desde surfeadores de todo el mundo que bailan en sus inmensas olas azules hasta luchadores mexicanos, que fueron invitados el año pasado por esta fiesta del cine y las culturas de América Latina.

Pero nunca en sus playas se había erigido un “fuego sagrado” , que atrajo el miércoles a finales de la tarde a unos doscientos festivaleros y residentes, que querían presenciar la ceremonia celebrada por Don Pedro Celestino Yac Noj y Doña Faviana Cochoy Alva, invitados de honor de este Festival.

“Pedimos permiso a la Madre Tierra, para rendirle homenaje, ofreciéndole copal, un incienso natural traído de las montañas de Guatemala”, dijo doña Faviana mientras hacía un altar en la playa y sonaba en una grabadora la dulce música de la marimba.

Antes, en el Casino de Biarritz, cuyos inmensos vitrales dan sobre el mar, los dos indígenas guatemaltecos hablaron de la cosmovisión maya, explicando al nutrido público, que los escuchaba fascinado, que esta visión del mundo está al centro de su historia, cultura, de su vida cotidiana.

“Las religiones han tratado de impedir nuestra cosmovisión, que se basa en el respeto de la naturaleza”, dijeron los emisores mayas, que trabajan con la premio Nobel de la Paz 1992, Rigoberta Menchú.

Explicaron “el cambio de ciclo” que se avecina, y “el comienzo de otro” , declarando que las conjeturas apocalípticas sobre el 21 de diciembre próximo, que anuncian el fin del mundo, están vinculadas a la “cultura del miedo” y a gente que busca “beneficiarse comercialmente” de ese miedo.

“Esas profecías sobre el fin de la humanidad están vinculadas con la cultura del miedo”, subrayaron los dos guías espirituales mayas, que explicaron que la fecha que ha dado pie a esas profecías señala la culminación de un ciclo de 5 mil 200 años en el calendario maya y el “inicio de una nueva era de la humanidad” .

Según el calendario solar maya, el 21 de diciembre termina una era de 5 mil 200 años y se inicia un nuevo ciclo, señalaron, recordando que el calendario maya está conformado por 18 meses de 20 días cada uno, más el Wayeb, el mes sagrado de cinco días.

Cuenta larga

El Baktun es la unidad más larga de este sistema y equivale a unos 400 años. La gran era incluye 13 Baktun, un periodo de 5 mil 200 años.