quinta-feira, 28 de março de 2013

O UAYEB' MAIA CLÁSSICO

Para os Maias antigos hoje começa o UAYEB’, período de 5 dias que encerra o período HAAB’ de 365 dias. O HAAB’ é um calendário tão sagrado como o TZOLKIN ou CHOLQ’IJ. Apesar de durar 365 dias, não é um calendário baseado exclusivamente em um ciclo solar. Não é essencialmente um calendário agrícola. Sua função é espiritual.

Fundamenta-se em uma relação precisa entre Terra-Vênus-Sol. A cada 8 ciclos do HAAB’ acontece um Ciclo Pentagonal de Vênus. Ao multiplicar 8 por 13, temos 104 ciclos HAAB’. Neste período haverá uma conjunção perfeita entre o TZOLKIN, o HAAB’ e os 13 Ciclos Pentagonais de Vênus. Para os Maias e Aztecas, este período era absolutamente sagrado.

O UAYEB’ inicia hoje, dia 10 NO’J. É um tempo de reflexão, de deixar passar o mal estar emocional, de render-se e jogar no lixo as crenças incrustadas. É um momento para entrar em contato com a sabedoria do momento presente, com sua realidade e deixar que toda impureza que negue o presente tal e qual é, simplesmente se desfaça.
texto Juan Carlos Romera Sales
tradução: Leslie Almeida

quarta-feira, 27 de março de 2013

A PAZ - REFLEXÕES

 
A PAZ é uma realidade inegociável. É a calma indiscutível do coração do lago. As montanhas a guardam em seu profundo silêncio. O Avô Sol se fundamenta no sossego da luz e todas as criaturas da terra celebram a existência desde essa essência de tranquilidade perene.

A PAZ no pode ser destruída, é essencialmente firme e duradoura. Não é hipócrita. É clara e soberana em seu equilíbrio. O Universo jamais a perdeu. Sua essência nunca poderá ser aquebrantada, pois é intocável assim como o Espírito do Céu e da Terra.

Impor a PAZ é um absurdo uma vez que, por sua própria natureza, é tolerante, harmônica e amorosa com tudo que surge à partir dela. A PAZ é a matriz da VIDA, o útero intangível de onde tudo emerge. É segura de si mesma e sua expressão tem o pulso firme do eterno presente.

O eixo da consciência humana manifesta PAZ e é PAZ. Quem não a vive é porque está adormecido, esqueceu de si mesmo. A PAZ é humana, é das árvores, é do Sol, dos barrancos e dos lagos. Nela nos fundimos em unidade da qual nunca deveríamos separar-nos. Somente temos que render-nos AGORA e relaxar ETERNAMENTE.

Quando isto acontecer de verdade, NINGUÉM, ABSOLUTAMENTE NINGUÉM PODERÁ TIRAR-NOS A PAZ
texto: Juan Carlos Romera Sales
tradução: Leslie Almeida

quinta-feira, 21 de março de 2013

Lugares sagrados maias: NAJ TUNICH, o Portal para Xibalba



Naj Tunich é uma caverna, seu nome significa "Casa de Pedra", se encontra em Poptún, Guatemala. Desde a antiguidade foi um lugar onde se praticaram cerimônias que incluiram o uso sagrado do sexo (tal como se evidenciam nas " pinturas ruprestes" em suas paredes) e a utilização de enteógenos (plantas de poder).
 
Esta caverna, verdadeiro centro de culto das forças do inframundo maia ou Xibalbá (não confundir com o inferno cristão) é um lugar perfeito onde recordar e honrar o poder divino de onde brota a criação. Sua rede de túneis segue em exploração pois este santuário de pedra foi usado desde 200 ac e abrange inúmeros mistérios.
 
Hoje em dia é um lugar de peregrinação para o povo maia e onde são realizadas cerimônias assiduamente.


texto: Juan Carlos Romera Sales
tradução: Sandra Rodrigues

sábado, 16 de março de 2013

Fundamentos da Cosmovisão Maia – Tudo é sagrado




Tudo o que existe seja pedra, vegetal, animal ou humano tem uma origem comum, a qual é a espiritual, transcendental ou essencial (Uk’u’x). Esta origem comum invisível é nossa verdadeira Mãe Formadora, pura inteligência Natura e nosso verdadeiro Pai Criador, pura Consciência e Vontade. Por isso os maias dizem que “tudo tem pai e mãe”. Nisso reside à sacralidade da essência da totalidade de coisas e criaturas no universo

Tudo tem vida: os vales e montanhas, os lagos e o mar, o que há no céu e o que há na terra. Reconhecendo o sagrado da vida em nós se faz simples e vívida a sacralidade do outro. Com esta origem comum e nesta vida que nos completa se fundamenta este principio da Cosmovisão Maia: TUDO É SAGRADO. Loq’ em língua maia k’iche’ tem sentido de “sagrado”, expressão que guarda uma relação estreita com o AMOR, pois a raiz de “loq’oq’ej” é literalmente AMAR.

Quando se descobre a origem comum da existência e da vida, fica claro o vínculo entre todas as coisas e seres, o que se traduz na experiência de “sentir o sagrado” como puro AMOR e DEVOÇÃO, RESPEITO E GRATIDÃO. Este é o sinal que indica que o Principio da Sacralidade se instaurou na vivência cotidiana de uma pessoa.

texto: Juan Carlos
tradução: Sandra Rodrigues

segunda-feira, 4 de março de 2013

TAK'ALIK AB'AJ

Um lugar para o desenvolvimento da sabedoria astrológica e calendárica Maia.
Aqui podemos ver um grupo de Ajq’ijab’ (Guias Espirituais Maias), realizando uma cerimônia em frente aos restos de um monumento orientado em direção da estrela Eta Draconis.
É muito provável que os antigos habitantes deste “Templo Observatório” tenham participado ativamente da origem e desenvolvimento das contas calendáricas Maias.