Tudo o
que existe seja pedra, vegetal, animal ou humano tem uma origem comum, a qual é
a espiritual, transcendental ou essencial (Uk’u’x). Esta origem comum invisível
é nossa verdadeira Mãe Formadora, pura inteligência Natura e nosso verdadeiro
Pai Criador, pura Consciência e Vontade. Por isso os maias dizem que “tudo tem
pai e mãe”. Nisso reside à sacralidade da essência da totalidade de coisas e
criaturas no universo
Tudo tem
vida: os vales e montanhas, os lagos e o mar, o que há no céu e o que há na
terra. Reconhecendo o sagrado da vida em nós se faz simples e vívida a
sacralidade do outro. Com esta origem comum e nesta vida que nos completa se
fundamenta este principio da Cosmovisão Maia: TUDO É SAGRADO. Loq’ em língua
maia k’iche’ tem sentido de “sagrado”, expressão que guarda uma relação
estreita com o AMOR, pois a raiz de “loq’oq’ej” é literalmente AMAR.
Quando se
descobre a origem comum da existência e da vida, fica claro o vínculo entre
todas as coisas e seres, o que se traduz na experiência de “sentir o sagrado”
como puro AMOR e DEVOÇÃO, RESPEITO E GRATIDÃO. Este é o sinal que indica que o Principio
da Sacralidade se instaurou na vivência cotidiana de uma pessoa.
texto: Juan Carlos
tradução: Sandra Rodrigues
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